Sunday, December 31, 2006

Promessas

Não vou prometer nada para esse ano de 2007. O que tiver que ser, será. Melhor assim, sem planos ou objetivos previamente fixados, serei um cara de pau, farei como o nosso competente presidente que, cansado de ver todas as suas previsões cairem por água baixo, agora não promete mais nada condicionado a números. Coisa do tipo, vamos crescer em 2007, o quanto, que é o "x" da questão, ele não se atreve a anunciar.

Antes eram promessas carregadas de "xisizes", tipo x milhões de empregos, x % no pib, x % de retirados da miséria; depois de fracassar nas metas, que ficaram muito longe dos xisizes anunciados, agora não há mais números nas metas, ou seja, não são mais metas, ou coisas que mereçam usar esse nome. São apenas boas intenções - aquelas das quais o inferno está cheio!

Assim não me cobrem metas, estou seguindo o (mau) exemplo do "melhor presidente que o país já teve" - com o menor nível cultural possível, quer dizer, um verdadeiro milagre! - dado disponível em breve no Guiness Book. Dizem que ele tem mania de colecionar chapéus, infelizmente ainda não o vi vestindo o chapéu que verdadeiramente combina com a sua personalidade, mas agora em 2007, quem sabe?

Sunday, November 19, 2006

Filosofia de cachorro!

Ele ficou durante muito tempo, mas muito tempo mesmo, sentado analisando a dupla de bassets. Os cães, caezinavam, ou cachorravam, ou seja, faziam as coisas que normalmente os cães fazem todos os dias e nem sabem por que fazem: coisas do instinto canino, da raça. Ele permanecia sentado, imóvel, olhar atento nos cães e suas caezinações.

Quando a mulher chegou ele estava pronto para emitir a sua tese: - Mulher, não sei ao certo o porquê, mas você já reparou que, ao latirem, os cães fazem um movimento junto com o cú?

Saturday, September 16, 2006

O chauffer da Rainha

Ontem foi inverno e hoje, primavera. Entre o ontem e o hoje, o sol surgiu esplendoroso fazendo a diferença. A natureza revive e nós. E por isso que eu digo:

"Amo a tudo e a todos / Que habitam esta terra / Amo até o chauffer / Da rainha da Inglaterra - Ronaldo Souza - 2006."

Saturday, June 10, 2006

Em boca fechada não entra mosca

Achei que o nosso presidente perdeu uma grande oportunidade para ficar com a boca fechada, por onde, aliás, sempre Sua Excelência acaba "pisando na bola". Levantar uma polêmica sobre o peso do atacante Ronaldo Nazário - coisa que já vem irritando o atleta faz tempo - foi uma "má política".

Pior se considerarmos que o atleta nem estava presente na entrevista para Sua Excelência faturar votos - os quais eu acho que saíram pela culatra, principalmente depois da réplica do atacante dizendo que o seu peso era tanto um boato quanto o era o fato de presidente gostar de beber - empate!

Thursday, May 18, 2006

Ficar mais velho

Como se pode encarar um aniversário? Como um ano a mais? Como um ano a menos? Aquilo que se viveu é aquilo que se aproveitou ou foi vida que se gastou? Não tenho certeza, chego aos meus 53 anos - vividos? gastos? - acumulando uma história de vida, anos vividos que, sem eles, certamente muitas coisas não seriam o que hoje são, mal ou bem estes anos são responsáveis por outras vidas, por outras histórias.

Lembro da resposta de alguém sábio, que quando perguntado quantos anos tinha, disse que não sabia precisar, mas talvez tivesse 10 ou 12. Ante a estranha resposta, de alguém que aparentava mais de setenta, o sábio respondeu que os anos que tinha são os que ainda lhe restavam para serem vividos, e não os que já haviam sido vividos. Dentro dessa perspectiva não sei dizer quantos anos tenho? Quantos ainda terei?

Eu digo que uma vida não se mede em anos, mas ela se mede em momentos representativos, importantes para a nossa história de vida. É possível viver vários anos em um pequeno momento da vida, ao contrário, pode-se viver vários anos que não representem mais do que meros momentos. Assim não importa quantos anos eu ainda tenha, importa que eu tenha momentos significativos, importantes, pois que sem eles o resto não tem nenhuma importância.

Parabéns para mim!

Saturday, April 22, 2006

Defeitos que envaidecem

Eu tenho alguns defeitos que me envaidecem, sei que não é de boa educação ficar noticiando as nossas pretensas boas qualidades, mas, creia-me, por incrivel que possa parecer, convencimento não é um desses defeitos! kkkkk! Esses defeitos dizem respeito a ter um espírito desarmado, não ter propensão para a maldade, ser até um pouco tonto pela falta de malícia no relacionamento com os outros.

Muitas pessoas são assim, eu sei que não tenho exclusividade nesse comportamento, mas vejo a maioria com o espírito mais armado para o enfrentamento, como se diz na gíria, estão "sempre com um pé atrás", sempre esperando um golpe ou um contragolpe. Não é o meu caso, sempre entro de peito aberto, espírito desarmado, mesmo sabendo que uma hora ou outra acabarei sofrendo o golpe inevitável.

Para reconhecer a maldade é preciso ter uma certa maldade interna que me falta, apesar disso não estou nem um pouco interessado em suprí-la, prefiro continuar assim, com essa minha sonsice que não me atrapalha, não me dificulta o viver, nem me infelicita. Prefiro ser assim, continuar com meu espírito desarmado, questão de opção de vida.

Thursday, March 30, 2006

Fraquezas

Sempre é um gesto difícil esse de confessar publicamente as fraquezas. É mais agradável fazer o papel do Super-homem, daquele que tudo pode, que tudo vence. Falar das fraquezas exige humildade, reconhecer a nossa condição humana, de ser sujeito às falhas e aos erros.

Eu sempre disse, até como um mecanismo de auto-convecimento, que o dinheiro não era um ítem obrigatório para a felicidade. Retiro o que eu disse. Eu estava errado. No dizer cômico de Woody Allen, "o dinheiro pode não proporcionar a felicidade, mas é preciso um especialista para reconhecer a diferença".

Estou dizendo isso depois de mais de uma década vivendo numa relativa dureza. Não me entenda mal, nunca vivi como um rico, ou como um nababo, mas sempre tive aquele mínimo necessário para uma vida decente. Há mais de uma década, depois desses governos pavorosos que tivemos (FHC + Lula), nunca mais consegui sair do buraco.

E foi vivendo no buraco que aprendi que o dinheiro é importante. Todas aquelas teses de que não adianta ter dinheiro sem saúde, que o dinheiro não compra isso ou aquilo, são a mais pura balela. Tudo na vida fica melhor ou mais fácil com dinheiro: inclusive a doença. Até porque não são coisas excludentes. Ninguém tem a garantia da vida eterna por ser pobre. Ou tem? Morrem ricos e morrem pobres, a diferença é que enquanto vivos, os ricos vivem melhor. Sempre, sem discussão.

O resto é balela, consolo para pobretão, um "me engana que eu gosto".

Thursday, March 23, 2006

Eu não aconselho

Eu não aconselho ninguém a visitar os meus blogs. Confesso que não escrevo sobre nenhum assunto considerado "interessante". Tudo o que você vai conseguir ler nos meus blogs é sobre política, economia, comportamento, e um monte de outros assuntos chatos. Ninguém é perfeito, também tenho alguma coisa na área da poesia e dos contos.

Agora, sobre os assuntos "realmente interessantes" eu não escrevo. Isso sem falar nesse meu português chato que, embora sabendo que cometo erros, me esforço para sempre escrever tudo certinho. Infelizmente, eu acho que você não vai encontrar aqui aqueles simpáticos "axo", "naum" ou "aki". Questão de tradição, costume, coisas difíceis de quebrar para quem se acostumou a escrever dessa forma.

Voltando aos assuntos, não consigo escrever sobre fofocas, nem mesmo as fofocas pessoais, transcrever letras de músicas ou copiar o que já está pronto (usando os comandos "ctrl c" + "ctrl v"), normalmente eu uso um outro comando, mais criativo, quando escrevo, o ctrl + brain, ou o controle do cérebro.

Mas confesso que não é uma atitude fácil. Além de dar muito mais trabalho, acaba sendo uma vida solitária, sabe como é, você não encontra muitos que pensem da mesma forma, e tende a se isolar. Muitas vezes chega a dar uma coceira na mão, uma vontade de entrar na massa, mas sabe como é, quem manda é a cabeça. Maldita racionalidade!

Wednesday, March 01, 2006

O melhor é não tentar entender...

A nossa seleção vai à Federação Russa, em pleno inverno Europeu, atendendo a uma cláusula do contrato com um dos seus "patrocinadores", que tem interesse em divulgar uma marca de cerveja na Rússia. Será que é isso mesmo ou eu estou ficando meio lelé? Foi o que eu fiquei sabendo. Agora patrocinador tem força até para agendar jogo da seleção nacional do Brasil, nós os brasileiros temos que ficar quietos e engulir mais essa.

Saturday, February 18, 2006

Números que interessam e que não interessam II

A versão II dos "Números que interessam e que não interessam", serve para comentar os resultados das novas consultas sobre as pesquisas eleitorais que mostram uma recuperação do, como posso dizer sem correr o risco de ser desrespeitoso, digamos que seja sobre os candidatos na corrida eleitoral para a presidência. Esses são números que não me interessam de forma nenhuma.

E não me interessam porque eu não acredito que a nossa solução passe pelo pleito presidencial ou por algum pleito, ou seja, eu não acredito que eleição alguma vá resolver o nosso problema. Há centenas de anos que o povo está errando na escolha de seus representantes por algum motivo: ou é um povo néscio que já provou que não sabe escolher, ou não existe - nem nunca existiu - no país um candidato bom o suficiente para uma escolha decente.


Qual a solução? Não sei, não tenho a menor idéia do que pode ser feito para resolver este tipo de impasse. Não parece haver uma solução razoável a curto, médio, longo ou seja lá qual for o prazo. Quem puder que faça as malas, os que não puderem que aturem eternamente essa sucessão de incompetências, porque, não se enganem, não se iludam, continuando que já está, mudando e entrando alguém novo, enfim, aconteça o que acontecer nada vai mudar.

Saturday, February 11, 2006

Números que interessam e que não interessam

Estava lendo um jornal sobre as projeções do setor supermercadista, contando com as vendas de material escolar (?) para melhorar o rendimento do setor. Quando você fala em supermercado a idéia que faz é de um setor que comercializa básicamente alimentos, mas a crise anda tão braba no comércio brasileiro que os caras já estão atirando para qualquer lado.

O setor que contava com um crescimento em 2005 de 3 a 5%, teve que amargar alguma coisa em torno de 0,66% (isso mesmo que você leu, zero vírgula sessenta e seis por cento). Depois, como diz o Hélio Guaspari, o "Noço Guia" sai por aí a arrotar números de auto-suficiência para a econômia país. O país vive em constante crise quando se trata de povo, de quem tem que comprar as coisas no dia-a-dia.

Números da macroeconômia não enchem a barriga de ninguém, pra mim pouco se me dá quantos pontos caiu o risco Brasil, ou quantos bilhões de dólares de superávit teve a nossa balança comercial; o que conta para mim é a conta do supermercado, a água, da luz e o meu salário que não aumenta há doze anos.

Sunday, February 05, 2006

Deus me livre...

Eu juro que tento, palavra, mas essa Rede Globo me dá engulhos. A coisa é instantânea, começo a passar mal na hora. Você vai perguntar porque eu assisto, eu não assisto, mas ninguém é uma ilha, não moro sozinho, pessoas que convivem comigo assistem, eventualmente sou obrigado a sofrer por alguns segundos com a programação estúpida da emissora.

Não sai nada inteligente de lá, é incrível a incapacidade daquela turma, são como reis Midas ao contrário, tudo em que tocam vira instantâneamente merda. Se um dia tivesse que ser torturado, já sabem, bastaria alguns minutos nesse canal e eu entregaria tudo, o que eu sei e o que eu não sei.

Friday, January 27, 2006

Devil's Dictionary

Devil's Dictionary
blogosphere, noun - An poisonous environment of methane, self-satisfaction and other hot gasses. “The only creatures that can survive in the blogosphere are low-order molds, able to feed off the waste of others.”

Blogosfera - substantivo - Ambiente venenoso composto de metano, auto-satisfação e outros gases quentes. "As únicas criaturas que podem sobreviver na blogosfera são espécimes de baixa ordem, capazes de se alimentarem do resto dos outros".

Friday, January 20, 2006

Atropelamentos

Eu tenho um irmão que diz: "para tirar uma carteira de motorista, algo que te permite dirigir um carro; você precisa fazer exame psicotécnico, exame médico, exame de legislação, cursar aulas e ainda realizar provas práticas para ver se você está realmente apto - e esse festival de exame se repete de tempos em tempos. Um carro é algo perigoso, com ele você pode investir, por exemplo, contra pessoas numa parada de ônibus e matar duas, três pessoas, realmente muito perigoso, o que torna justa a preocupação para fornecer uma habilitação."

Ele continua: "para tirar um título de eleitor você não precisa de nada. É, de nada. Não precisa provar nada, justificar nada. Fornecem títulos para qualquer um, até para um louco, para um analfabeto de pai e mãe, para um insano, para um estupor, um estúpido qualquer, para uma besta quadrada, qualquer um que você imaginar mesmo. Com um título de eleitor nas mãos é possível matar milhões de pessoas pela escolha dos candidatos errados. Um título é algo muito, mas muito mais perigoso do que uma carteira de habilitação para conduzir um veículo. Com ele você pode eleger um outro estúpido qualquer para conduzir toda uma nação".

Essa é a teoria do meu irmão, "a teoria dos atropelamentos", segundo ele um "atropelamento eleitoral" poder ser muito mais perigoso, muito mais danoso do que um atropelamento automobilístico. Você vai me dizer, mas isso não é bem assim, afinal, no sistema democrático é a maioria coletiva que escolhe seus governantes. Pois eu digo que depende, depende do número de bestas quadradas que pode vir a ter um país. Esse perigo existe na proporção de cidadãos políticamente esclarecidos e de cidadãos severinamente embestecidos que existir no país. Uma coisa eu digo, o risco existe, diria mais ele é real e acontece, diria ainda mais, ele já aconteceu.

Monday, January 16, 2006

Calor!

Eu retirei a lateral do gabinete do computador e ligo um ventilador diretamente sobre ele, não resolve, mas ajuda. O ideal seria um ar condicionado, mas o pobre aqui não têm. Está fazendo muito calor nessa terra, não está fácil. A temperatura tem chegado nos quarenta fácil, com uma sensação térmica que ultrapassa os quarenta e cinco.

Coisas desse verão maluco aqui no sul do país. Eu li que tudo isso é conseqüência do aquecimento da antártida, que nos últimos tempos aqueceu dois graus. Seja qual for o motivo, só sei que está muito quente.


Saturday, January 07, 2006

Proselytos

Proselytos, Gr., o que chega, se aproxima. Na definição de proselytos, nome desse blog, temos essas duas palavras, como se diz aqui na *minha terra: "mas te aprochega, vivente". Esse aprochega, que contém um se aproxima e um se achega, essa forma carinhosa receber bem os visitantes, dar as boas vindas a quem chega.

Não sou um gaúcho do campo, o nosso autêntico gaúcho é campeiro, cara acostumado com a lida do gado, com o trabalho na fazenda, no campo, eu sou um "gaúcho citadino", nascido na capital do Estado, natural de Porto Alegre. Nosso prato típico é o churrasco, carne assada num braseiro, só temperada com sal grosso, e a bebida o chimarrão, um infusão de erva-mate que é tomada num porongo com água quente (depois eu explico melhor).

Aos poucos irei dando maiores informações sobre mim e sobre o estado, aguarde!

* Minha Terra = Sou um nativo dos pagos do Rio Grande do Sul, extremo sul do Brasil, região que é um mixto de muitas raças, de muitas colonizações. O índio Tupi-Guarani, o colonizador português, o invasor Espanhol, os colonizadores alemães, italianos, a influência dos povos do Rio da Prata, os castelhanos, esse cadinho de culturas que deu nesse taura conhecido como gaúcho.