Thursday, March 30, 2006

Fraquezas

Sempre é um gesto difícil esse de confessar publicamente as fraquezas. É mais agradável fazer o papel do Super-homem, daquele que tudo pode, que tudo vence. Falar das fraquezas exige humildade, reconhecer a nossa condição humana, de ser sujeito às falhas e aos erros.

Eu sempre disse, até como um mecanismo de auto-convecimento, que o dinheiro não era um ítem obrigatório para a felicidade. Retiro o que eu disse. Eu estava errado. No dizer cômico de Woody Allen, "o dinheiro pode não proporcionar a felicidade, mas é preciso um especialista para reconhecer a diferença".

Estou dizendo isso depois de mais de uma década vivendo numa relativa dureza. Não me entenda mal, nunca vivi como um rico, ou como um nababo, mas sempre tive aquele mínimo necessário para uma vida decente. Há mais de uma década, depois desses governos pavorosos que tivemos (FHC + Lula), nunca mais consegui sair do buraco.

E foi vivendo no buraco que aprendi que o dinheiro é importante. Todas aquelas teses de que não adianta ter dinheiro sem saúde, que o dinheiro não compra isso ou aquilo, são a mais pura balela. Tudo na vida fica melhor ou mais fácil com dinheiro: inclusive a doença. Até porque não são coisas excludentes. Ninguém tem a garantia da vida eterna por ser pobre. Ou tem? Morrem ricos e morrem pobres, a diferença é que enquanto vivos, os ricos vivem melhor. Sempre, sem discussão.

O resto é balela, consolo para pobretão, um "me engana que eu gosto".

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